Ministério da Saúde lança campanha contra arboviroses – Revista do Mercado

Ministério da Saúde lança campanha contra arboviroses

Aedes aegypti

Iniciativa visa combater o aumento de 30% no número de casos de dengue, Zika e chikungunya

O Ministério da Saúde lançou campanha para combater o aumento no número de casos de dengue, Zika e chikungunya, as chamadas “arboviroses”. Com abrangência em todo território nacional, a ação foi anunciada na última quinta-feira (4) e alerta para sinais, sintomas, prevenção e controle dessas doenças, que são transmitidas por um mesmo vetor, o mosquito, em particular o Aedes aegypti.

No portal da pasta há um comunicado que informa que a campanha será veiculada na TV aberta e segmentada, rádio, internet, carros de som e em locais de grande circulação de pessoas em todas as regiões do País. A pasta informa ainda que de janeiro a abril houve alta de 30% nas ocorrências das arboviroses, que são enfermidades causadas principalmente por vírus transmitidos por mosquitos.

 “A ideia da campanha de comunicação é alertar que, quanto mais rápido você identificar os sinais e sintomas e buscar o serviço de saúde, mais rápido teremos o diagnóstico e vamos conseguir ter um desfecho adequado de redução dos óbitos”, disse ao portal do Ministério da Saúde Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente.

Ela ainda acrescentou que estão sendo utilizados estudos científicos para entender que os problemas não são os mesmos e, então, as soluções precisam ser diferentes, com novas tecnologias. “Esse tema parece esquecido, algo que ninguém está falando, principalmente depois de uma pandemia, onde as pessoas estão cansadas de se preocupar com tantos riscos à saúde, mas a gente precisa lembrar que, infelizmente, temos essas três doenças que estão levando ao óbito no Brasil. Nossas ações estão sendo pensadas e direcionadas”, afirmou ela.

Conforme explica Alda Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta, o Brasil registra epidemias sucessivas de dengue com intervalos cada vez mais curtos entre os surtos, enquanto Zika e chikungunya também se mantêm com taxas endêmicas ao longo dos anos. O vírus da dengue foi reintroduzido no País em 1986. Já o registro do vírus da  chikungunya ocorreu pela primeira vez no Brasil em 2014. Um ano depois, em 2015, o vírus da Zika foi identificado no País.

O Ministério da Saúde informa ainda que em neste ano foram investidos R$ 84 milhões na compra de quatro tipos de insumos que são utilizados atualmente para o controle vetorial do mosquito Aedes aegypti. Um deles, o fumacê, um dos inseticidas usados no controle do mosquito na forma adulta, deverá ser distribuído nas próximas semanas. Isso depois de atraso no fornecimento causado por problemas na compra pela gestão anterior da pasta. A expectativa, diz o ministério, é que sejam disponibilizados cerca de 275 mil litros do produto neste mês, normalizando o envio aos Estados e também ao Distrito Federal.

DADOS

O Ministério da Saúde aproveitou o anúncio da campanha para divulgar os números da situação epidemiológica. De acordo com eles, no período de janeiro a abril deste ano, houve 899,5 mil ocorrências prováveis de dengue, ante 690,8 mil registradas em 2022, ou seja, alta de 30%. Houve ainda a confirmação de 333 mortes. Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia foram os Estados que apresentaram as maiores incidências.

Os dados também revelam que em relação à chikungunya, houve a notificação de 86,9 mil casos da enfermidade entre janeiro e abril. A taxa de incidência ficou em 40,7 ocorrências para cada grupo de 100 pessoas. Na comparação com o mesmo espaço de tempo do ano passado, a alta foi de 40%, com o registro também de 19 mortes. Tocantins, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul apresentaram as maiores incidências da doença.

Por fim, a pasta informa que até o fim de abril haviam sido notificados 6.200 casos de Zika, com taxa de incidência de três ocorrências para cada grupo de 100 habitantes.  O aumento foi de 289% em relação ao mesmo período do ano anterior, com registro de 1.600 casos. Acre, Roraima e Tocantins são os entes com maiores incidências. A pasta informa ainda que até o momento não houve mortes causadas pela enfermidade.

Febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais são sintomas semelhantes às três arboviroses, segundo o ministério. A orientação para a população é que procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sinais de qualquer uma das três arboviroses.

Legenda da foto: Iniciativa alerta para sinais, sintomas, prevenção e controle de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Crédito da foto: Group Publishing

*As informações contidas nessa publicação não representam necessariamente as opiniões desse portal.

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